domingo, 19 de outubro de 2014

The Evil Within


Shinji Mikami criador do Resident Evil retorna ao Survival Horror com The Evil Within, jogo com bastante elementos sobrenaturais, muito gore e monstros para assustar e divertir. 

A historia gira em torno três detetives encarregados de investigar um massacre em um hospital psiquiátrico, ao chegarem na cena do crime são surpreendidos por estranhas forças e ai amiguinho "corre que o bicho ta vindo".

Quando o jogo foi anunciado, acho que foi em 2013 não me lembro exatamente em que ano isso ocorreu, foi produzido um trailer em live action muito legal e bem gore. Outra coisa interessante é que no japão o jogo se chama Psycho Break, esse nome é muito melhor que Evil Whitin que parece mais uma brincadeira com Resident Evil.


Bom então vamos ao jogo, na campanha principal jogamos com o personagem Sebastian Castelanos, detetive do departamento de policia de Crinson City, ele é acompanhado por Joseph Oda e a detetive novata July Kidman, como mencionei antes ao chegar no hospital psiquiátrico Sebastian, encontra o Dr. Marcelo Gimenez (personagem foi claramente baseado no ator Antony Hoppikins). Após presenciar através das câmeras de segurança a morte de um grupo de policiais por uma figura que parece ser sobrenatural, Sebastian e atacado e capturado.

A figura estranha o vilão propriamente se cham Ruben/Ruvik não fica claro no inicio do jogo quem é ele e por que as criaturas parecem obedecer suas ordens, outro personagem é Leslie Whiters um garoto de cabelos brancos claramente perturbado, ele é constantemente perseguido por Ruvik.


O mundo do jogo parece uma colcha de retalhos com cenários desconexos e com inimigos grotescos e muito violentos, logo de cara já da pra perceber que o jogo se passa em um pesadelo controlado por Ruvik, revelano aos poucos suas memorias e um pouco mais das suas intenções.

O jogo tem uma atmosfera de terror muito bem feita, os inimigos claro remetem a muito jogos do gênero, como Silent Hill, Alone In The Dark e claro Resident Evil, temos uma versão do Dr. Salvador de Resident Evil 4, chamado de Sádico, uma versão do Pyramid Head, o cara com o cofre no lugar da cabeça chamado de Executor, outro Boss bem legal é a Mulher Aranha, é na minha opinião o chefe mais assustador e difícil visto que os combates com ela basicamente consistem em fugir e fugir, seu nome verdadeiro e sua relação com Ruvik são revelados mais a frente no jogo, os inimigos normais são basicamente os Ganados de Resident Evil 4.


Existem outros elementos que rementem claramente a outros jogos, como a cena de abertura quando Sebastian chega no hospital o sobretudo que esta usando e uma clara referencia a Alone in The Dark, e o primeiro inimigo que encontramos recria a cena clássica de Resident Evil quando encontramos o primeiro zumbi na mansão.

Sebastian transita por vários cenários em busca de seus parceiros e descobrir o responsável por toda essa loucura, porem sempre voltamos a um lugar comum, um quarto do hospício esse ambiente ligado por um corredor a uma sala de recepção e o que parece ser um escritório e uma sala de tortura, pode ser acessado ao encontrarmos uma sala que toca sempre a mesma musica clássica e um espelho, as vezes encontramos apenas o espelho dependendo da fase do jogo, e também o ponto de convergência entra Sebastian e Ruvik pois são revelados vários elementos como cartas, jornais, a cartazes de pessoas desaparecidas, pra mim esse local e a mente de Sebastian e a enfermeira sua esposa falecida.


A jogabilidade e um pouco travada o combate físico e inútil, servindo apenas para afastar inimigos e fugir, o personagem possui uma barra de estamina que e consumida, com o combate físico e a corrida, é ridículo como a estamina acaba rápido. Ao longo  do jogo e possível melhorar as habilidades de Sebastian para isso devemos coletar jarros com um gel verde, estes acumulam pontos que podem ser usados na sala de upgrades (a cadeira de tortura) para melhorar as armas e habilidades.

O jogo e muito difícil por dois motivos básicos a jogabilidade travada e munição escassa, além disso a visão do ambiente de jogo é prejudicada pelas faixas pretas no topo e na base da tela, parece que isso foi feito para que o jogo rodasse travado a 30fps já que reduz em mais de 20% a área visão do jogo na tela,


Alem disso o jogo tem alguns problemas de física, e te força a usar o um cover nojento, aliado a camera ruim e a pouca área de visão já que a camera e mais próxima do personagem do que em jogos como Resident Evil e Silent Hill, é facil perder o inimigo de vista ser surpreendido pela costas ou errar um tiro em inimigos próximos, tornando certas partes do jogo que nos obrigam a utilizar o cover muito frustrantes, mesmo com outras mecânica que tentam ajudar o cover como se esconder dentro de armários ou jogar garrafas para atrair a atenção dos inimigos, simplesmente não funciona bem.

Apesar de todos os pesares, gostei muito do jogo, os gráficos são muito bonitos, mesmo parecendo ser um jogo bonito da geração passada, Evil Whitin possui 15 capítulos alguns deles são bem curtos outros longos demais, alguns parecem desnecessários mesmo abordando pontos interessantes na historia, acho que 2 ou 3 capítulos poderiam ser tirados ou fundidos em um único.


O jogo não é muito longo dura por volta de 8 a 13 horas porem é possível termina-lo em menos de 5 e se você for um caçador de troféus, a primeira jogada pode ser bem longa por conta de dificuldade pela pouquíssima munição e quantidade de upgrades necessários para tornar o personagem minimamente resistente.

O jogo tem um pacote de DLC's previstos para 2015, espero que explique melhor as motivações dos personagens, e de uma dica do futuro, espero mesmo que saiam mais jogos, mesmo com uma historia um pouco confusa e personagens um pouco rasos, Evil Within tem um universo bem rico e promissor.